
A recente denúncia feita pelo influenciador Felca contra Hytalo Santos envolvendo conteúdos de conotação sexual associados a crianças e adolescentes reacendeu o debate sobre a adultização infantil – processo em que crianças passam a adotar comportamentos, linguagens e estéticas típicas do mundo adulto, muitas vezes incentivadas por redes sociais, programas de TV, publicidade ou até mesmo pelo ambiente familiar.
O psicólogo parental Filipe Colombini alerta que, a longo prazo, essa exposição precoce pode trazer sérios prejuízos. Entre eles:
- Distorção da autoimagem e da autoestima: a criança pode crescer se autoavaliando por padrões estéticos e comportamentais irreais, o que gera insegurança e baixa autoconfiança.
- Prejuízo no desenvolvimento emocional: ao pular etapas naturais da infância, a criança perde experiências fundamentais para maturar habilidades sociais e emocionais.
- Vulnerabilidade a abusos: a normalização de comportamentos adultos pode confundir limites e facilitar situações de risco.
- Dificuldade de estabelecer relações saudáveis: na vida adulta, podem surgir problemas de intimidade, confiança e respeito aos próprios limites.
- Ansiedade e depressão: a pressão para corresponder a expectativas e papéis adultos aumenta a probabilidade de transtornos mentais ao longo da vida.