
Um dos filmes obrigatórios para quem gosta de terror é O Exorcista (1973) filme de William Friedkin, e que se tornou um marco do gênero. E quando foi anunciado uma espécie de reboot do longa, gerou uma grande expectativa nos fãs. A nova produção da Universal Pictures em parceria com a Blumhouse, O Exorcista – O Devoto, estreou no feriado de 12 de outubro, em todo o Brasil. O lançamento trouxe diversas ativações especiais para criar expectativa e aterrorizar ainda mais os fãs, como a experiência do mural, que cria uma atmosfera sombria, ao ter um pôster do filme que só aparece no período da noite, com o apoio de luzes UV, mas infelizmente não está agradando o público.
O longa é um novo capítulo do clássico da década de 70 e conta a história de Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), pai que criou sozinho sua filha Angela (Lidya Jewett, série Good Girls) e que tem sua vida modificada quando a jovem e sua amiga Katherine (Olivia O’Neill) desaparecem na floresta e retornam três dias depois, sem memória do que aconteceu com elas, e logo uma série de eventos sobrenaturais são desencadeados.
Infelizmente, o diretor David Gordon Green, que fez a saga Halloween, falhou ao entregar um terror que não assusta e não impacta como o original, além de manchar o legado da obra. O filme não inova como o primeiro e mesmo com uma premissa básica interessante, nos dá a sensação de “mais do mesmo” em seus longos 111 minutos.
E para piorar, os roteiristas Peter Sattler, Danny McBride e Scott Teems parecem não que conhecem a obra original de 1973, além, é claro, de não compreender o significado de cada frame do filme de William Friedkin. Sem falar no fato de demonstrarem completo desconhecimento sobre o ritual do exorcismo, quando se vê o padre cometer um erro grosseiro durante o processo, por exemplo.
A trama é rasa e não acompanha o desenrolar de possessão das crianças, que tem pouco tempo de tela para se aprofundar na questão. Tudo acontece muito rápido e não há elementos que representem o crescimento de um problema, nem recursos gráficos, como sangue e mutilações, além de diálogos fracos e óbvios.
O diretor tentou trazer representatividade, mas falhou até nisso. Descaracterizou o gênero ao incluir vários tipos de religiões em uma situação que originalmente envolvia catolicismo, que marcou toda a franquia. Com cenas sem sentido, como um demônio — que não costuma entrar em igrejas, assistindo a uma missa! E ainda temos a tentativa da personagem Chris MacNeil, sem nenhum tipo de ligação oficial com a religião, para expulsar o demônio do corpo de alguém com algumas palavras. Sem condições!! Green acerta nos takes de possessão e nos momentos de nostalgia, mas infelizmente entrega um terror mediano e esquecível.
O elenco Também conta com a participação de Ann Dowd (série The Handmaid’s Tale, Hereditário) como Ann, vizinha de Victor e Angela, e Jennifer Nettles (Harriet – O Caminho para a Liberdade, série The Righteous Gemstones) e Norbert Leo Butz (séries Fosse/Verdon, Blodline) nos papéis de Miranda e Tony, os pais de Katherine.
A Universal Pictures comprou os diretos de “O Exorcista” por cerca de US$ 400 milhões e a meta é que David Gordon Green faça uma trilogia. A continuação “The Exorcist: Deceiver” (“O Exorcista: O Enganador”) já está anunciada para 2025 e esperamos que ele consiga salvar essa trilogia, praticamente morta.
Sobre o filme:
Há exatamente 50 anos neste outono, o filme de terror mais aterrorizante da história chegou às telas, chocando audiências ao redor do mundo. Em outubro, um novo capítulo começa. De Blumhouse e do diretor David Gordon Green, que quebraram o status quo com a ressurreição da franquia Halloween, chega O Exorcista – O Devoto.
Desde a morte de sua esposa grávida em um terremoto no Haiti, há 12 anos, Victor Fielding (vencedor do Tony e indicado ao Oscar® Leslie Odom Jr.; “Uma Noite em Miami”, “Hamilton”) tem criado sua filha Angela (Lidya Jewett, de “Good Girls”) sozinho.
Mas quando Angela e sua amiga Katherine (a estreante Olivia Marcum) desaparecem na floresta e retornam três dias depois sem memória do que aconteceu com elas, isso desencadeia uma série de eventos que obrigará Victor a confrontar o nadir do mal e, em seu terror e desespero, buscar a única pessoa viva que testemunhou algo parecido antes: Chris MacNeil.
Pela primeira vez desde o filme de 1973, a vencedora do Oscar®, Ellen Burstyn, reprisa seu papel icônico como Chris MacNeil, uma atriz que foi para sempre alterada pelo que aconteceu com sua filha Regan cinco décadas antes.
O filme também conta com a vencedora do Emmy, Ann Dowd (“The Handmaid’s Tale”, “Hereditário”), como a vizinha de Victor e Angela, e a vencedora do Grammy, Jennifer Nettles (“Harriet”, “The Righteous Gemstones”) e o vencedor de dois Tony Awards, Norbert Leo Butz (“Fosse/Verdon”, “Bloodline”), como os pais de Katherine, a amiga de Angela.
Quando “The Exorcist”, baseado no best-seller de William Peter Blatty, foi lançado, ele mudou a cultura para sempre, obliterando recordes de bilheteria e recebendo 10 indicações ao Oscar®, tornando-se o primeiro filme de terror a ser indicado ao prêmio de Melhor Filme.
O Exorcista – O Devoto é dirigido por David Gordon Green, a partir de um roteiro de Peter Sattler (“Camp X-Ray”) e David Gordon Green, baseado em uma história de Scott Teems (“Halloween Kills”), Danny McBride (trilogia “Halloween”) e David Gordon Green, com base nos personagens criados por William Peter Blatty.
O filme é produzido por Jason Blum para a Blumhouse e por David Robinson (“All Eyez on Me”, série de 2016 “The Exorcist”) e James G. Robinson (“All Eyez on Me”, série de 2016 “The Exorcist”) para a Morgan Creek Entertainment.
Os produtores executivos são Danny McBride, David Gordon Green, Stephanie Allain, Ryan Turek e Atilla Yücer. A Universal Pictures apresenta uma produção Blumhouse/Morgan Creek Entertainment em associação com Rough House Pictures.