“Beetlejuice 2” (Os Fantasmas Ainda se Divertem) chega aos cinemas com a difícil tarefa de reviver a magia do clássico de 1988. Dirigido por Tim Burton, o filme traz de volta Michael Keaton no papel do irreverente fantasma Beetlejuice, acompanhado por Winona Ryder como Lydia Deetz. Embora o longa consiga entreter, ele não apresenta grandes novidades, mantendo-se fiel à fórmula original.

O enredo segue a família Deetz retornando a Winter River para enterrar Charles Deetz. A jovem Astrid, interpretada por Jenna Ortega, descobre a maquete do mundo dos mortos, desencadeando uma série de eventos que trazem Beetlejuice de volta à ação. A trama, embora divertida, é previsível e não se arrisca em novos territórios, o que pode decepcionar aqueles que esperavam algo inovador.

Visualmente, “Beetlejuice 2” é um espetáculo. Tim Burton mantém sua assinatura estética, com cenários surreais e um uso vibrante de cores que remetem ao original. A direção de arte é impecável, e os efeitos especiais são utilizados de forma criativa para dar vida ao mundo dos mortos. No entanto, a familiaridade com o estilo de Burton pode fazer com que o filme pareça mais uma repetição do que uma evolução.

As atuações são um dos pontos altos do filme. Michael Keaton está em plena forma como Beetlejuice, trazendo a mesma energia caótica que o tornou icônico. Winona Ryder reprisa seu papel com a mesma intensidade, e Jenna Ortega se destaca como a nova adição ao elenco. No entanto, alguns personagens secundários, como os interpretados por Monica Bellucci e Willem Dafoe, são subutilizados, deixando a desejar em termos de desenvolvimento.

Em resumo, “Beetlejuice 2” é um filme que agrada aos fãs do original, mas não oferece grandes surpresas. É uma viagem nostálgica que se apoia fortemente no charme e no humor do primeiro filme, sem se aventurar em novas direções. Para aqueles que buscam uma experiência divertida e visualmente encantadora, o longa cumpre seu papel, mas não espere ser surpreendido.