Nas Terras Perdidas: Beleza estética e atuações vazias

Está chegando aos cinemas na próxima quinta, Nas Terras Perdidas, uma adaptação de três histórias escritas por George R.R Martin, que acompanha uma rainha que contrata os serviços de uma temida e poderosa feiticeira chamada Gray Alys (Milla Jovovich) com o objetivo de enviá-la para uma terra fantasmagórica chamada Terras Perdidas. Essa perigosa missão consiste em obter um poder mágico capaz de alterar a forma física das pessoas e dos objetos. Gray, porém, carrega um segredo: cada desejo que realiza possui consequências devastadoras. Ao lado de Gray, um misterioso caçador de nome Boyce (Dave Bautista) ajuda a bruxa a navegar e a lutar com as forças sombrias e os inimigos dessa terra amaldiçoada. Apesar de seu jeito reservado e sério, Boyce se tornará um importante e valente aliado enquanto enfrentam criaturas épicas e sombrias e inimigos inimagináveis nas Terras Perdidas.

Nas Terras Perdidas prometia trazer uma fantasia sombria e imersiva, inspirada no conto de George R.R. Martin. No entanto, o resultado divide opiniões e levanta questões sobre a profundidade da narrativa e das atuações.

Pontos Positivos:

  • A estética visual do filme é marcante, com cenários imponentes e um design de produção que remete a um universo desolado e misterioso.
  • A trama explora temas interessantes, como o desejo e a ambição, além de contar com momentos que remetem ao estilo de Martin, com dilemas morais e personagens ambíguos.
  • A presença de Milla Jovovich e Dave Bautista adiciona peso ao elenco, trazendo uma dinâmica de ação que pode agradar aos fãs de filmes do gênero.

Pontos Negativos:

  • O roteiro apresenta falhas, tornando a história previsível e pouco envolvente. O filme constrói um universo rico, mas não o explora com profundidade suficiente.
  • As atuações, infelizmente, não são memoráveis. Jovovich entrega um desempenho funcional, mas sem camadas emocionais, enquanto Bautista, embora carismático, não consegue oferecer complexidade ao seu personagem.
  • Os diálogos são excessivamente expositivos, tornando algumas interações artificiais e tirando a naturalidade das cenas.
  • Os efeitos visuais e a fotografia, apesar de estilizados, por vezes parecem artificiais, deixando o ambiente menos imersivo do que o esperado.

Em suma, Nas Terras Perdidas tem momentos cativantes, mas não consegue escapar de fragilidades narrativas e técnicas. Para aqueles que buscam uma fantasia densa e bem desenvolvida, o longa pode deixar a desejar. No entanto, para quem aprecia um universo visual interessante e uma ação direta, pode valer a experiência.

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