
A cibersegurança é um tema que, paradoxalmente, une dois extremos: a urgência de proteger informações e a persistência de mitos que minam essa proteção. Embora o cibercrime tenha crescido exponencialmente na última década — com ataques sofisticados atingindo desde indivíduos até corporações multinacionais —, muitas pessoas ainda subestimam os riscos, alimentadas por falsas crenças.
A ideia de que “navegar pouco” ou “não ter nada a esconder” garante segurança é tão sedutora quanto perigosa. Conheça os equívocos mais comuns que deixam usuários e empresas vulneráveis, desmontando cada um com dados concretos e exemplos reais.
1. Mitos sobre hábitos de navegação
Mito: “Não navego muito, então não corro risco.”
Realidade: ameaças como phishing, malvertising (anúncios maliciosos) e espionagem em redes Wi-Fi podem atingir qualquer pessoa conectada à internet, independentemente de quanto tempo passa online. Criminosos não precisam que você visite sites suspeitos — eles encontram você onde você está.
2. Mitos sobre dispositivos
Mito: “Não uso computador, então não serei hackeado.”
Realidade: qualquer dispositivo com sistema operacional (smartphones, tablets, smart TVs) é vulnerável. Ataques a aplicativos falsos em lojas oficiais, como cópias de jogos ou ferramentas, são comuns. Em 2023, a Google removeu 1,2 milhão de apps maliciosos da Play Store.
3. Mitos sobre antivírus
Mito: “Antivírus é suficiente para me proteger.”
Realidade: antivírus não bloqueia todas as ameaças, especialmente golpes de engenharia social (como sites falsos de e-commerce). Criminosos exploram brechas desconhecidas (zero-day exploits) mais rápido que as atualizações de segurança.
Em fevereiro de 2024, por exemplo, a funcionalidade Threat Protection Pro™ da NordVPN analisou 600.000 novos sites, identificando 3.000 como ataques de phishing de dia zero, demonstrando a prevalência dessas ameaças.
4. Mitos sobre ambientes corporativos
Mito: “É só um laptop de trabalho — não tem nada importante.”
Realidade: dispositivos corporativos são portas de entrada para redes empresariais. Em 2024, o custo médio de um vazamento de dados foi de US$ 4,88 milhões, de acordo com o IBM Cost of a Data Breach Report. Redes domésticas desprotegidas aumentam o risco para dados confidenciais de clientes.
5. WiFi público é seguro
Mito: “Usar wi-fi público é seguro e ninguém pode me hackear por ele.”
Realidade: Redes Wi-Fi públicas são notoriamente inseguras, tornando-se alvos fáceis para cibercriminosos que podem interceptar dados pessoais e bancários. Os roteadores de Wi-Fi público geralmente não são seguros, tornando-os ideais para hackers que desejam espionar os internautas conectados. Para se proteger, é fundamental utilizar uma VPN ao acessar redes públicas, pois ela criptografa sua conexão, impedindo que terceiros monitorem suas atividades online.
Pesquisa TIC Governo Eletrônico divulgada no 2º semestre de 2024 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostra que 54% das cidades brasileiras oferecerem wi-fi em locais públicos, como parques e praças. O número representa um aumento de 6 pontos percentuais ante o último levantamento, de 2021, quando era de 48%.
6. Mitos sobre detecção de vírus
Mito: “Perceberia se meu computador estivesse infectado.”
Realidade: muitos malwares operam em silêncio. O Emotet, por exemplo, roubou dados bancários por anos sem ser detectado. Ransomwares como o WannaCry podem criptografar arquivos em minutos.
7. Mitos sobre privacidade
Mito: “Não tenho nada a esconder, então não sou um alvo.”
Realidade: dados pessoais (como e-mails, senhas e históricos de navegação) são valiosos na dark web. Em 2023, o FBI registrou prejuízos de US$ 10 bilhões com crimes cibernéticos nos EUA, muitos envolvendo roubo de credenciais “comuns”. Além disso, um estudo da SCI-TECH Today aponta que em 2024, as perdas financeiras globais devido a ataques de phishing foram estimadas em US$ 17,4 bilhões, um aumento de 45% em relação ao ano anterior.
8. Mitos sobre senhas
Mito: “Uma senha forte é suficiente para segurança.”
Realidade: senhas fortes são importantes, mas reutilizá-las em múltiplos sites é perigoso. Autenticação de dois fatores (2FA) bloqueia 99,9% dos ataques automatizados, segundo a Microsoft.
9. Mitos sobre phishing
Mito: “Links de phishing são fáceis de identificar.”
Realidade: Ataques de phishing modernos utilizam logotipos oficiais, domínios semelhantes (por exemplo, ‘.co’ em vez de ‘.com’) e falsificação de e-mails. Em fevereiro de 2024, a funcionalidade Threat Protection Pro™ da NordVPN analisou 600.000 novos sites, identificando 3.000 como ataques de phishing de dia zero.
10. Mitos sobre dispositivos Apple
Mito: “Dispositivos Apple não podem ser hackeados.”
Realidade: Embora Macs e iPhones sejam menos visados, eles não são imunes a ataques. Em 2023, o relatório ThreatDown State of Malware, da NordVPN, revelou que 11% de todas as detecções de malware no macOS foram ameaças genuínas, indicando um aumento na atenção dos hackers aos dispositivos da Apple.
Além disso, pesquisadores de segurança alertaram sobre uma nova variante do malware Banshee, que visa roubar credenciais de usuários de macOS, afetando potencialmente 100 milhões de usuários. citeturn0search10. Portanto, é essencial que usuários de dispositivos Apple adotem medidas de segurança adequadas para proteger seus dados.
Diante desse cenário, a segurança cibernética exige camadas de defesa. VPNs, cifram o tráfego online, protegendo contra espionagem em redes públicas. Recursos para bloquear URLs maliciosos e malwares também são importantes. Contudo, nenhuma ferramenta substitui o discernimento humano. Ataques de engenharia social — como ligações falsas do “suporte técnico” pedindo senhas — exploram a confiança, não falhas tecnológicas.
*Maria Eduarda Melo é country manager da NordVPN no Brasil, empresa especializada em soluções de privacidade, segurança e rede privada virtual (VPN). E-mail: nordvpn@nbpress.com.br
Sobre a NordVPN
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